Silenciosa
Não fala nada,
estou aguardando...
Mas como sempre
sem respostas...
Se pudesse...
eu pararia o tempo.
Mas ele não para,
sempre célere.
Deixando marcas no caminho
que nunca se apagam.
Umas queimam como brasas,
como ruidosas labaredas.
Que devoram o meu eu
e a cada momento,
me mostram
e fazem meu peito arder.
Talvez com medo de saber,
que as vezes para se ganhar,
é preciso perder,
silenciosamente...

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