sexta-feira, 21 de março de 2008

Om Mani Padme Hum

Cruz do não saber, acarinha este meu quase dom,

dá-me um horizonte iluminando tão vasto poente,

deixando um rastro de milagres para estas gentes

numa fé qualquer, talvez... Om Mani Padme Hum.





Vejo a miséria em tantos olhares, chora o bom!

Nas ruas e nas vielas, cai o velho em abandono,

enquanto a criança espancada pede ao seu dono

um pouco de amor. Vem! Om Mani Padme Hum.





Um pão não vinga a fome nesta fila de exclusão,

faça então, Senhor, pela tuas mão o gesto opimo,

sanando as desventuras, minhas e do meu próximo

em um mantra de vida. Oh! Om Mani Padme Hum.





Repiquem o ouro do sino diante da glória do tom,

hão de rirem para as colheitas, os muitos devotos,

quando as chuvas trouxerem as bênçãos dos lótus,

a qualquer ser sem luz. Ó, Om Mani Padme Hum!