Por um momento
Por um momento, imagine a grandeza do Cosmos.
Para os espiritualistas, ali está a presença de Deus, criando todas as coisas, pronunciando as doces palavras:
Que se faça a luz!
Em torno desses sóis, trilhões de planetas, satélites e asteroides executam a dança silenciosa das harmonias celestes.
Giram planetas sobre si mesmos. Giram em torno de sóis. Giram os sóis e seu cortejo acompanhando o caminhar das galáxias. Ritmo e graça em toda parte.
Aqui e ali, um cometa – asteroide obscuro – se aproxima de uma estrela. E de repente é invadido pela luz.
Eis que se acende inteiro, como um fosforo cósmico. Então se vai, arrastando sua cauda de poeira e gás, a semear a vida pelos mundos.
Mas, em um desses trilhões de planetas, sob a luz amarela de um sol, os moradores de um certo planeta - a Terra - se orgulham de ser maiores que os demais.
Vista do espaço, a Terra é um pequeno grão de areia, lindo, que passeia seu azul pelo espaço ínfinito.
Mas seus habitantes são como crianças: brigando sempre, acreditando-se senhores da vida, donos dos ceus.
Ah, se pudéssemos nos ver no conjunto do Universo, minúscula gota no grande oceano da Criação!
Certamente seríamos mais humildes. Não daríamos tanta importância aos pequenos problemas do dia a dia.
Talvez fosse mais fácil perdoar, esquecer, apagar as mágoas.
Se víssemos nosso Mundo como translúcida bolha de sabão que flutua em meio ao pontilhado das estrelas, quem sabe aprenderíamos a reverenciar mais a obra Divina.
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