CARTA DE UM SÁBIO ANCIÃO
Saber viver pode ser uma arte.
Conhecer a arte do bem viver e saber
aplicar no cotidiano, é maestria.
Conheci um ancião sábio, ele assim não se
considerava, mas eu e outras tantas pessoas assim
o tínhamos em nosso conceito.
Certo dia a algum tempo atrás, eu era bem jovem,
mas já conhecia parte da vida apesar da jovialidade...
Eu morava em uma cidade relativamente distante da cidade
desse sábio ancião, por conta dos meus estudos. De repente o carteiro me entregou um envelope de carta, desses envelopes comuns com bordas verde e amarela. Virei o envelope para constatar o remetente, mas só havia no lugar do nome e do endereço três interrogações.
A caligrafia não me era desconhecida.
Eu já imaginava de quem seria aquela carta.
Fui para meu quarto e a abri. O escrito começava assim:
A vida meu querido jovem é um condimento da felicidade,
se souberes a medida certa para cada ato do teu viver,
terás o sabor da alegria.
Aprende a usar a dose certa do tempero dos teus pensamentos e obterás a dose exata do sal do espírito, e este soprará em teu coração, o alento da felicidade.
Mede teus atos pelas tuas palavras e a cada passo que deres que seja firme e na medida do anterior, pois assim fazendo estarás evitando tropeços em teus próprios pés e evitarás as quedas que podem ser dolorosas.
A felicidade está ao alcance de todos, mas que não te engane a riqueza. Ter o suficiente é necessário; Zela da saúde que é o bem maior do teu corpo e da tua mente, é nele que reside tuas alegrias e tristezas.
Dei-te a instrução do condimento do bem-viver, seja tu agora o cozinheiro a saber preparar o sabor.
O mais importante do alquimista, não é ter o segredo do ouro,
mas saber transmutar a pedra bruta do pensamento, no mais
valioso brilhante.
Ao terminar de ler os dizeres daquela carta, meditei e pensei comigo, e ele nunca se considerou um sábio!
Estejas onde estiveres meu venerável ancião, serás sempre meu adorável sábio, por que serás sempre meu pai.
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