sexta-feira, 2 de março de 2007

Amargo sal

Ah! Alma minha que não mais se manifesta,
horror embutido em um coração mortificado,
que deita na fria noite já tão cansado e solitário
e jaz em agonia depositado em um falso relicário.


Mórbida vivência que não mais me acalenta a dor,
estupidez humana que rouba-me a pouca felicidade,
injuriada palavra, feito farpa, que de morte me fere,
não sabe o que é viver e nem doar um pouco de amor.


Triste, vaga meu pensamento nesse imenso breu,
em que luz alguma consegue mais penetrar meu eu,
ruínas da minha vida pisada e repisada pelo mal
e que traz à minha boca o sabor do ressequido sal.