Extinção
Ó belíssima dama, ajoelha-te ante a serra,
entoando qual um doce gemido agônico
e no teu último orgasmo lírico e atônito,
queimando diante de mim, direi: oh, como és bela!
Senhor de minhas entranhas e azuis mistérios,
vesti-me de borboleta e rendas em relvas
verdejantes, fluí a verdete dos seios às selvas
bronzeando os elmos e os escudos do teu império.
Dá-me do ventre formoso a seiva do urânio,
dispa a luz do teu ouro bailando tão cômica
e ardendo teu sexo nessa dança atômica,
dessedenta o gozo e a fome e a pressa do ozônio.
Fendida de amor deitarei em meu negro carvão,
consumindo a minha reserva, então, chorarei
e em lágrimas contaminadas por tuas leis,
jazendo na fumaça eu direi: oh, tu e eu em extinção!
entoando qual um doce gemido agônico
e no teu último orgasmo lírico e atônito,
queimando diante de mim, direi: oh, como és bela!
Senhor de minhas entranhas e azuis mistérios,
vesti-me de borboleta e rendas em relvas
verdejantes, fluí a verdete dos seios às selvas
bronzeando os elmos e os escudos do teu império.
Dá-me do ventre formoso a seiva do urânio,
dispa a luz do teu ouro bailando tão cômica
e ardendo teu sexo nessa dança atômica,
dessedenta o gozo e a fome e a pressa do ozônio.
Fendida de amor deitarei em meu negro carvão,
consumindo a minha reserva, então, chorarei
e em lágrimas contaminadas por tuas leis,
jazendo na fumaça eu direi: oh, tu e eu em extinção!
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