segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O Silêncio

Pense em alguém que seja poderoso...
Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como
um lobo?
Lobos não gritam.
Eles têm a aura de força e poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um
ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se
arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si
mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está
pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia
mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a
sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se que há momentos de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se
esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a
(falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas
e reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que
quer reagir.
Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em
momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos
antes de Cristo, ao afirmar:
"Me arrependo de coisas que disse mas jamais do meu silêncio".
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use outra coisa para não responder em
alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.