terça-feira, 17 de junho de 2008

Vem, fica um pouco mais...

Vem, vem comovidamente,
A essa noite antiquísima
De rainha destronada
Com estrelas infinitas
Como lantejoulas rápidas
Em distâncias perturbadas
De sonhos de verão.
Vem ver comigo o crepúsculo
Na janela dos propósitos
Num choro escondido
Um soluço me sufoca
Onde juro em silêncio
Minha inocência.
Porque já não mando em mim,
Meu pensamento voa para ti,
Desejo te tocar,
sentir teu sorriso,
desejo que arde em meu corpo,
Deixa-me viajar em tua boca,
Vem, não fujas de mim,
assim tão rápido,
como as sombras de flechas
que atiram chamas:
fica um pouco mais.