sexta-feira, 13 de junho de 2008

POEMA A UMA LAVRADORA

Abençoados são teus suaves passos
à terra molhada, que recebes com teu caloroso abraço
em teus olhos, o sorriso espontâneo e clemente
contemplando-te, sou um mero ocidente.



Liberta, nestes verdes campos, és tu quem dá vida e luz
és linda dama, o suor de tuas mãos, sementes ao solo conduz
dedicas com afinco, à estas searas, teu corpo franzino
nas madrugadas, a labuta perene, que te impôs o destino.



No delinear de teu rosto, toda tua garra, encarquilhada
sublime é tua nobreza, cultivando o mais precioso tesouro
genuína mãe desta gente, que carrega o filho no dorso.
Não se curve a mim, diante de ti, sou apenas um nada.



Em tuas mãos calejadas o meu beijo, pois que tu és bendita,
mulher desta terra, tua pele, pelo sol queimada, é bondade infinita
Reverencio-te hoje e todos os dias, nobre guerreira
neste humilde escrito, és tu, a musa verdadeira.