sábado, 21 de junho de 2008

Hoje, não!

Hoje, especialmente, hoje,
não vou te olhar.
Não quero te ver ou sentir,
nem te saber.

Hoje,
vou fingir que não te vejo,
que não sei quem és,
nem o que queres.

Hoje, não!
A tristeza n´alma,
a carência me abraça,
estou pobre de sentimentos,
nada tenho para dar.

Hoje,
eu apenas quero dormir,
para não ver ou sentir
nem mesmo a minha dor.

Hoje, não....
Não vou sorrir nem te olhar,
viro as costas e sigo,
fecho as janelas para que percebas
que nada quero contigo.

Hoje, não!
Sabes que finjo,
sabes que é tudo mentira,
só não sabes os meus porquês...

Aliás, nem mesmo eu sei direito
não vou e nem quero definir
as sem-razões que invadem meu peito..
Hoje, não!

Hoje,
não me remeterás as lembranças
que não quero recordar,
não ficarei dolorida,
desencantada...
Impotente, grito, covardemente:
hoje, não!