quarta-feira, 4 de junho de 2008

Feridas abertas

Torturada alma que esconde feridas abertas,

prisioneira de um corpo que nega a liberdade

A paz tão sonhada cada vez mais distante,

deixa o rastro das chagas de uma alma errante





Silencioso é o grito sufocado nas entranhas

de um açoite invisível castigando sem piedade

Perdeu-se o fio de um horizonte apagado,

deu lugar à apatia de um olhar resignado





Do cenário onde havia uma luta travada

restam as marcas na alma guerreira abatida

O seu corpo é a grade onde em vão se debate

machucando e impedindo um outro combate





Sem as forças não há mais luta nem garra

só a espera cansada por um único raio de luz

uma fresta nos sonhos que conduza a saída

do cruel cativeiro que esconde a alma ferida