Feridas abertas
Torturada alma que esconde feridas abertas,
prisioneira de um corpo que nega a liberdade
A paz tão sonhada cada vez mais distante,
deixa o rastro das chagas de uma alma errante
Silencioso é o grito sufocado nas entranhas
de um açoite invisível castigando sem piedade
Perdeu-se o fio de um horizonte apagado,
deu lugar à apatia de um olhar resignado
Do cenário onde havia uma luta travada
restam as marcas na alma guerreira abatida
O seu corpo é a grade onde em vão se debate
machucando e impedindo um outro combate
Sem as forças não há mais luta nem garra
só a espera cansada por um único raio de luz
uma fresta nos sonhos que conduza a saída
do cruel cativeiro que esconde a alma ferida
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