quarta-feira, 2 de abril de 2008

UMA SIMPLES PEDRINHA

Perdi meu olhar, naquela simples pedrinha,
donde urdia, caída, só uma simples ervinha
invadindo seu espaço e dando-lhe a alegria,
que o pouco verde, então ali, não escondia.

Era como pegar de um alquimista a varinha
fazer daquela puída ervinha, uma florzinha,
e aí com toda a possível discreta simbologia
carregar, a pedrinha, que, na mão, refulgia.

Tenho a certeza, que o deserto não folgava
nem, seus indígenas, animais doutro fulgor
insistiriam de quando a pedra fora roubada.

Trouxe a pedrinha para o meu lindo jardim
e lá depositei-a junto com a ervinha florida
e, sempre que passo, sei que olha pra mim.