Andarilho!
Deixo-me ficar assim:
De coração vazio.
Caminho para lugar algum
A procura de nada
Sem nada....
Me sinto viajante obscuro
Sem objetivo algum.
Lanço-me a mercê da corrente
Como se fosse folha ao vento
Insensato, inexato, insípido.
Sem que o tempo fosse importante agora
Que o momento tivesse algum gosto
E o instante afetasse algo.
Não se pode reanimar o que estar morto
Nem fazer das cinzas, um tanto de fogo.
Agora apenas resta o caminhar
Por um caminho torto
Indiferente....
Me faço ausente, distante
Sem que nada me afete
E o tocar se fazendo a contragosto
Sem emoção...sem vida.
Caminho apenas
Deixo que os dias e as noites se faça
Enquanto me faço presente só de corpo.
A alma a muito se fez longe
Deixando na boca um gosto agridoce
Uma sensação esquisita
Maldita até!
Sem preâmbulos...
Vou seguindo,vagando
Até o “não sei”
Para chegar num “onde qualquer”.
Acordarei por vezes
Dormirei por outras
E só...
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