domingo, 13 de abril de 2008

Andarilho!

Deixo-me ficar assim:

De coração vazio.

Caminho para lugar algum

A procura de nada

Sem nada....

Me sinto viajante obscuro

Sem objetivo algum.

Lanço-me a mercê da corrente

Como se fosse folha ao vento

Insensato, inexato, insípido.

Sem que o tempo fosse importante agora

Que o momento tivesse algum gosto

E o instante afetasse algo.

Não se pode reanimar o que estar morto

Nem fazer das cinzas, um tanto de fogo.

Agora apenas resta o caminhar

Por um caminho torto

Indiferente....

Me faço ausente, distante

Sem que nada me afete

E o tocar se fazendo a contragosto

Sem emoção...sem vida.

Caminho apenas

Deixo que os dias e as noites se faça

Enquanto me faço presente só de corpo.

A alma a muito se fez longe

Deixando na boca um gosto agridoce
Uma sensação esquisita

Maldita até!

Sem preâmbulos...

Vou seguindo,vagando

Até o “não sei”
Para chegar num “onde qualquer”.

Acordarei por vezes

Dormirei por outras

E só...