segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

VIUVEZ E SOLIDÃO

Por mais tenhas amado a companheira ou
o companheiro que partiu, demandando os caminhos
da Vida Sem Fim, se experimentas solidão afetiva,
não hesites em te consorciar novamente.
Sem estabeleceres atritos com os filhos do teu
primeiro matrimônio, busca sentir-te no direito
de reconstituir o teu sonho de ventura conjugal.
O verdadeiro amor, que transcende os liames
materiais e os preconceitos, ainda vigentes na
sociedade dos homens não escraviza ninguém.
Se ainda careces de alguém ao teu lado,
não te obrigues à viuvez, porém, não te
precipites na escolha de quem te
fará companhia.
Não procures atender apenas e tão-somente
às tuas necessidades de ordem sexual,
naturalmente compreensíveis.
Acautela-te contra quem não se revele à altura
dos teus sentimentos e nem saiba dignificar
o lar que constituíste.
Se enviuvaste, não ignores o teu compromisso
com os filhos no entanto faze-os compreender que
eles mesmos, amanhã, talvez venham a reclamar
para si o direito que agora te negam.
Na maioria das vezes, a solidão é uma
prova voluntária.
Os cônjuges que desencarnaram sabem entender e
aceitar as novas opções afetivas dos que foram
impelidos a deixar, atentos à lição de que, em
verdade, ninguém é propriedade de outrem.
O verdadeiro amor, pairando acima das
necessidades e conveniências humanas, haverá de
promover o reencontro daqueles que
nunca se esquecem.