segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Natal em nós

"Eis que vos trago uma Boa Nova de grande alegria:
na cidade de David acaba de vos nascer, hoje,
o Salvador, que é Cristo, Senhor...
Glória a Deus nas alturas, paz na Terra
aos homens de boa vontade.”


Assim foi anunciado, aos pastores de Belém, por um Mensageiro
celeste, o grande acontecimento.
Nas palavras "vos nascer" está toda a importância do Natal.
Jesus nasceu para cada um em particular.
Não se trata de um fato histórico, de caráter geral.
É um acontecimento que, particularmente, diz
respeito a cada um.
Realmente, a obra do Nazareno só tem eficácia
quando individualizada.
A redenção, que é obra de educação, tem de partir da
parte para o todo.
Do indivíduo para a coletividade.
Enquanto esperamos que o ambiente se modifique não
haverá mudanças.
Cada um de nós deve realizar a sua modificação.
Depende somente de nós.
O Natal, desta forma, é aquele que se concretizará em nós,
com a nossa vontade e colaboração.
O estábulo e a manjedoura da cidade de David não devem
servir somente para composições poéticas ou literárias.
Devemos entendê-los como símbolos de virtudes, sem as
quais nada conseguiremos, no que diz respeito ao
nosso aperfeiçoamento.
O Espírito encarnado na Terra não progride ao acaso.
Mas sim pelo influxo das energias próprias, orientadas
por Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Assim, toda a magia do Natal está em cada um receber
e concentrar em si esse advento.
Jesus é uma realidade.
Ele é a Verdade, a Justiça e o Amor.
Onde estes elementos estiverem presentes, Ele aí estará.
Jesus não é o fundador de nenhum credo ou seita.
Ele é o revelador da Lei Eterna, o expoente máximo
da verdade, da vontade de Deus.
Jesus é a Luz do Mundo.
Assim como o sol não ilumina somente um hemisfério,
mas sim toda a Terra, assim o Divino Pastor apascenta
com igual carinho todas as ovelhas do Seu redil.
O Espírito do Cristo vela sobre as Índias, a China
e o Japão, como sobre a Europa e a América.
Não importa que O desconheçam quanto à denominação.
Ele inspira aos homens a revelação divina,
o evangelho do amor.
Aqui Lhe dão um nome, ali um outro título.
O que importa é que Ele é o mediador de Deus
para os homens, e intérprete da Sua Lei.
Onde reside o Espírito do Cristo, aí há liberdade.
Jesus jamais obrigou ninguém a crer desta ou daquela forma.
Sábio educador, sabia falar ao íntimo da criatura,
despertar as energias latentes que ali dormiam.
Esta a Sua obra: de educação.
Porque educar é pôr em ação, é agitar os poderes
anímicos, dirigindo-os ao bem e ao belo, ao justo
e ao verdadeiro.
Este é o ideal de perfeição pelo qual anseia a alma
prisioneira da carne.
Jesus nasceu há mais de vinte séculos...
Mas o Seu natalício, como tudo o que Dele provém,
reveste-se de perpetuidade.
O Natal do Divino Enviado é um fato que se repete
todos os dias.
Foi de ontem, é de hoje, será de amanhã e de sempre.
Os que ainda não sentiram em seu interior a influência
do Espírito do Cristo, ignoram que Ele nasceu.
Só se sabe das coisas de Jesus por experiência própria.
Só após Ele haver nascido na palha humilde do nosso
coração é que chegamos a entendê-Lo,assimilando
em Espírito e Verdade os Seus ensinos.
* * *
Neste Natal lhe desejamos muita paz.
Em nome do Celeste Menino, o abraçamos.
Jesus lhe abençoe a vida e lhe confira redobradas
oportunidades de servir no bem.
Que Sua mensagem de amor lhe penetre a alma
em profundidade e que juntos possamos, em
nome Dele, espalhar sementes de bondade,
pela terra árida e sofrida dos que não crêem,
porque ainda não O conhecem.
Feliz Natal!