segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Um brilho tão grandão

Vejo tudo que vês em dobro
Vejo-te bela no belo que embelezas

Cada olho que pintas em quadro
é olho de gata escondida em flor perfumada...

Dedilho solo de canção sem nota
Em cada tocar de mão-muda sem rota...

Brilho reluzente em corda que dedilho
Som do gemido que vem com ou sem cio

Um brilho assim, 'tão I-men-nso'
é o brilho da flor e da rosa no cheirar sem incenso...

E o espelho já não mais me reflete
Sou esse andarilho ser inerte
que vive em telas ensaiando novo flerte...

E na lama de sangue onde planto-te rubra rosa
Deito-me nos espinhos para reduzir esse Amor tão Imenso...
Meu Grande amor pela Arte.