segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Pressentimento

O fim do nosso amor pressenti - na agonia
das tuas próprias cartas, rápidas, pequenas…
- se nem tantas, com carinho imenso te escrevia
tão poucas me chegavam por reposta apenas…


nas cartas que a sofrer, te escrevia, às dezenas
adiava a realidade sempre, dia a dia,
procurando iludir em vão as minhas penas
muito embora eu soubesse o quanto me iludia!

hoje… já não foi mais surpresa para mim,
dizes (como quem tem piedade), que é melhor
não continuarmos mais… e tens razão: é o fim…


há muito eu o esperava e o pressentia no ar…
chegou…que hei de fazer?… foi bom…seria pior
se ele não viesse nunca…e eu ficasse a esperar…