quinta-feira, 6 de setembro de 2007

NOVAMENTE ABRIL

Ao som das gazuas, abrindo portas,
Deu-se a sublevação de um povo…
Jamais as palavras seriam mortas,
Quando se construiu um Abril novo.

De cravos vermelhos se vestiram,
Militares e povo, em grado uníssono.
E nas rádios a senha então ouviram,
Proporcionando um novo assomo,

Aos que saíram à rua festejando,
A libertação do jugo, impiedoso e vil,
De muitos e muitos anos levando.

Mas, ah, como eu fui feliz, nesse dia,
Em que, saindo do meu jocoso redil,
Pude ver o quanto a muitos se devia.