A Face Oculta
No lodo da pedra úmida e negra
Restos de sonhos tombados pelo vento,
Emoção entorpecida ao silêncio segreda
A esperança morta em ausente tempo.
Nas marcas do corpo abandono e desgosto,
Olhar distante além do pensamento...
Em degredo a flor sorriso no rosto,
Águas passadas banhando sentimentos.
Tempestades n’alma, sentidos tensos...
Quem é você, senhora dos disfarces,
Que nada diz e oferece o sono intenso?
Não há cansaço ou dor na oculta face,
Fugindo da solidão nada mais penso
Em seus abraços aceito o desenlace...
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