segunda-feira, 3 de setembro de 2007

ENTENDAS

Talvez não entenderás porque em meus versos,
Pouco eu falo de dor e de tristeza,
E canto mais amor, paz e beleza,
Além dos sonhos meus, os mais diversos.

Talvez me julgarás mero utopista,
Que pra mostrar sorriso engole o pranto;
Que forjo, no que é feio, tanto encanto,
Para esconder, enfim, minha desdita.

Enganas-te! Porque meu sofrimento,
Igual ao teu, também me traz tormento,
E no meu coração abre ferida.

Mas eu escrevo assim porque, na certa,
A poesia é a harpa em que o poeta,
Deve cantar o lado bom da vida.