segunda-feira, 23 de julho de 2007

vontades tuas e minhas

Pelas valas e vielas, tramitando entre as procelas
num processo onde o pular de cancelas,
era o que se fazia dantesco em minha forma de ser
e o que habitava incutido nela.

De repente, modo abrupto, o vulto bruto
do que manso se vestia,
revestiu o que de falso se escrevia
e promulgada a correria,
eis que a verdade envergonhada
também se fez corrompida...
Ah, vendida vida!
Vida?

Arfantes falares que já não se detinham somente em alcovas.
Uma vontade sedenta de se adstringir
o que não quis se tingir
de fulgente masoquismo...
Eis que os “ismos” dos sismos, batismos, revanchismos,
surgiram sólidos como fossem retratos do imperativismo.
Sem pedir, sem solicitar, apenas um inevitáel e imposto fato.
Mais um ato a ser cumprido,
feito trato de milícias, feito plano de bandidos...

E pelos mirares ilusórios oasianos
eis que o que imposto, proposto e posto,
expôs-se, em movimentos insanos
pelas vias/guias, onde havia até segundos atrás,
o aroma e as exigencias dos tiranos,
que já escancarados,
não se faziam escondidos sobre panos
tomaram forma e ocuparam espaço...
Soltos já sorriam, modo profano,
anunciando que as poucas almas
que ainda dirigiam os corpos,
jaziam tortas, amorfas,
como fossem estruturas mortas...

Venceram os incautos.
Vingou o ter que se visualizar o dia
num cenário embreado,
em bruma vadia e sombria,
donde espocavam distantes, vontades sozinhas:
Tuas e minhas...