terça-feira, 17 de julho de 2007

TRANSFORMAÇÃO

Sentidos de sentimentos e arrogâncias.
E as ignorâncias das vidas e passados...
E as vigências de dores e eternos gritos...
E as buscas por todos os infinitos...
E os inimigos do amor em harmonia,
transformam e conseguem , na poesia,
seu lugar de desespero e dor.
É noite, a escuridão retoma sua instância.
E com a constância dos perseverantes
viaja, por entre os desesperados viajantes
da mais pura agonia, rumo ao nada!
Faz-se silencio na madrugada chegada.
Ao longe vibrando ainda em cordas estendidas
as roupas mal lavadas das feridas,
dos desencontros infortuitos do amor!
Como sofre o sofredor da desilusão.
Como seu coração descompassa
e passa apertado por sentimentos contraditórios,
nas angustias do não conseguir compreender.
Viver, sofrer, chorar, gritar, pedir, morrer...
E as palavras negativas se avolumam em profusão.
A paixão tomada de repente por mãos ferozes
se agita, se debate, em dores atrozes,
nas tentativas persistentes do não desistir.
Quer ver de novo o doce sorrir.
Quer mais uma vez ser o alvo principal
das quimeras primaveris, tão longe jogadas.
Há de se fazer forte e verdadeira.
E ao se tornar , mais uma vez, poesia altaneira,
há de gritar aos quatro cantos, com altivez.
Sim, voltei! Não sou talvez!
Sou certeza certa do que melhor existe!
Sou aquela que ainda persistee que vence,
e retransforma o mal,em profundo, verdadeiro e puro bem!