segunda-feira, 23 de julho de 2007

SOBREVIVÊNCIA Jorge

Este poema, que ora screvo, tendo
O rio à minha cabeceira e a noite
Por companhia, ora permanecendo
Inquieto, ora da palavra o vil açoite,

Fi-lo sem pensamento ou emoção,
Que, o que rege o comportamento,
Ainda é bem lá no fundo o coração
E todo o seu assaz conhecimento.

E neste invólucro sinto que cresci,
Firmei mil raízes e reneguei o mal
.E é por isso que digo que sobrevivi

À custa de muito sofrimento e dor,
Enfrentando da palavra o desigual
Tratamento, subtraindo meu amor.