quarta-feira, 18 de julho de 2007

Minhas Mãos

Mãos queridas... idolatradas,
despedem-se uma da outra ainda em vida.
Uma acredita ser o mastro do amanhecer;
a outra entardece e se faz vencida.

Enquanto assisto à triste despedida,
com uma aceno esperança por euforia...
Com a outra choro a esperança tardia...

Mão minha, sobrevivente,
ainda não abras a porta,
deixa-me ver mais uma vez o dia nascente,
colher um pedaço de vida na minha horta.

Mão querida,
quando chegar a hora da minha partida,
afaga-me, embeleza-me de flores,
vai na frente, estenda-te renascida,
acolhendo-me para o doce da outra vida