sábado, 21 de julho de 2007

DÚVIDAS E CERTEZAS

Existem mundos e submundos que a alma caminha num estágio mórbido, quase inconsciente. Em muitas alegorias e mitos, a trágica história da alma humana nos é narrada, contada de uma forma que nos causa dúvidas ou pavor. Algumas religiões ensinam que existem três estados em que a alma depois de deixar o corpo físico, um desses lugares deve habitar de acordo com seu merecimento, obtido na conduta da sua vida terrena. Esses estados são denominados de inferno, purgatório e céu. O inferno, segundo o que apregoam essas mesmas religiões é o lugar terrível, onde um fogo eterno queima sem parar e para onde a alma condenada deve ir. O outro estado é o purgatório, cujo lugar, segundo o que ensinam também essas mesmas religiões, a alma deve ir redimir e queimar suas impurezas ou pecados contraídos na sua vida terrena, indo daí, segundo seu merecimento, para o céu ou para o inferno. E por último, o estado do céu, onde estariam as legiões de santos, anjos, arcanjos, serafins, querubins e Deus. Esse lugar, segundo essas mesmas religiões, é o estado onde um mínimo de almas são conduzidas. Mas a sabedoria profunda nos assegura que deve haver um outro lado dessa aparência. E bem podemos acreditar nisto, pois, embora a alma pareça ir para um daqueles estados, ou lugares, ela nunca estará sozinha e abandonada, jamais estará aviltada da estima e do amor do seu Senhor. O mistério do Amor Divino que preenche todas as coisas é mais que perfeito e eterno. Sua misericórdia é infinita. Ora, se o Amor e a Misericórdia de Deus são eternos e infinitos, então não deve haver uma condenação eterna da alma, Sua mais bela e perfeita criação. Antevendo esse prisma, então não deve existir o tal lugar chamado inferno. A mesma sabedoria profunda nos diz que algo foi criado ou inventado para subjugar a alma, quando no corpo, a viver em ladainhas, novenas, obediências aos credos, etc., e fazer somente o bem.
Se assim for, será o mesmo que um pai criar seus filhos sob um regime de terror, impondo-lhes o medo para obter suas obediências, vendando suas visões de um horizonte mais amplo e belo da realidade que Deus nos deixou. Fazer o bem é necessário e mais que um dever, uma obrigação do ser humano. Então, desnecessário será as imposições dogmáticas.
Algumas religiões vêm perdendo fieis dia a dia, por que a dúvida de seus dogmas e ensinamentos tornou-se duvidosos, não condizendo com a verdade absoluta, a nós deixada como herança permanente de Deus.
Por outro lado, existem religiões que se elegeram depositárias de verdades e somente elas são as raízes verdadeiras dos ensinamentos deixados na terra pelo Filho de Deus, como se Este aqui tivesse vindo para defender um lado político e soberano.
A mesma sabedoria profunda nos diz que o Filho de Deus não veio aqui para fundar uma religião e sim para iluminar a todos com seus profundos ensinamentos.
Dizer que a minha, a sua, ou a dele, é a religião verdadeira, aqui deixada pelo Filho de Deus, é o mesmo que negar seu Santo Nome e seus ensinamentos universais, dos quais todos nós somos herdeiros.