terça-feira, 5 de junho de 2007

MUITO ALÉM DE UMA PORTA...

Se você encontrar uma porta à sua frente, poderá abri-la ou não.

Se você abrir a porta, poderá ou não entrar em uma nova sala.

Para entrar, você vai ter que vencer a dúvida, o titubeio ou o medo.

Se você venceu, você deu um grande passo: nesta sala vive-se.

Mas também tem um preço: são inúmeras as outras portas que você descobre.

O grande segredo é saber quando e qual a porta deve ser aberta.

A vida não é rigorosa: ela propicia erros e acertos.

Os erros podem ser transformados em acertos, quando, com eles, se aprende.

Não existe a segurança do acerto eterno.

A vida é generosa: a cada sala em que se vive, descobre-se outras tantas portas.

A vida enriquece a quem se arrisca a abrir novas portas.

Ela privilegia quem descobre seus segredos, e generosamente oferece afortunadas portas.

Mas a vida também pode ser dura e severa: se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela sua frente.

É a repetição perante a criação. É a monotonia cromática perante o arco-íris.

É a estagnação da vida.

Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens.