quarta-feira, 16 de maio de 2007

O VELHO ANCIÃO

Corpo cansado, ombros caídos,
A semente da vida é-lhe vetada…
Roupa desleixada, punhos puídos,
Pouca vontade para a retirada.

Cabelo descuidado, barba por fazer;
Unhas crescem sem o cuidado
De quem antes retirava prazer,
Do quanto de si era almejado.

Voz rouca, rugas desconfortáveis,
Passo incerto, trémulo e dolente,
Nas manhãs pouco confortáveis.

E assim é a vida do velho ancião,
Três passos atrás dois à frente,
Eis aqui a morte por antecipação.