quinta-feira, 17 de maio de 2007

No silêncio da madrugada

Ao silêncio amigo da madrugada me entrego,
Quando todos se calam, descansam e dormem...
Vou dedilhando ao piano toda minha angústia.
Esse amor louco,
a vontade desse homem...

Já não é amor, é doença, pura demência.
Na madrugada deixo que as lágrimas
Banhem meu rosto e o grito de amor
Engulo seco, peito aberto em chagas...

Ah... covardia idiota, até quando serei cativa?
Pedaço de mim, fantoche do destino, escrava...
Até quando suportarei do vulcão, a labareda?
Seguir sendo nada, minha própria madrasta...

Ele é meu dia, minha noite, minha alma,
É senhor do meu corpo, do meu sangue
.Meu segredo mais lindo, cruel, assassino...
Que nega o calor, a felicidade desse instante.

No silêncio da madrugada, fantasio seu toque,
Sorvo em seus lábios o champanhe mais fino.
Rasgo a partitura maldita, me atiro na cama,
E no sonho o tenho entre os lençóis de linho...