No silêncio da madrugada
Ao silêncio amigo da madrugada me entrego,
Quando todos se calam, descansam e dormem...
Vou dedilhando ao piano toda minha angústia.
Esse amor louco,
Esse amor louco,
a vontade desse homem...
Já não é amor, é doença, pura demência.
Já não é amor, é doença, pura demência.
Na madrugada deixo que as lágrimas
Banhem meu rosto e o grito de amor
Engulo seco, peito aberto em chagas...
Ah... covardia idiota, até quando serei cativa?
Ah... covardia idiota, até quando serei cativa?
Pedaço de mim, fantoche do destino, escrava...
Até quando suportarei do vulcão, a labareda?
Seguir sendo nada, minha própria madrasta...
Ele é meu dia, minha noite, minha alma,
Ele é meu dia, minha noite, minha alma,
É senhor do meu corpo, do meu sangue
.Meu segredo mais lindo, cruel, assassino...
Que nega o calor, a felicidade desse instante.
No silêncio da madrugada, fantasio seu toque,
No silêncio da madrugada, fantasio seu toque,
Sorvo em seus lábios o champanhe mais fino.
Rasgo a partitura maldita, me atiro na cama,
E no sonho o tenho entre os lençóis de linho...
|