quinta-feira, 10 de maio de 2007

DAMA

Fonte onde divaga minha terna inspiração
beijo-te as cambraias e todo e qualquer haikai
em gotas de teus lábios neste e noutros roseirais
são tuas, as bençãos que me elevam à imensidão.


Dama das searas, hiberna em ti a minha devoção
flutua em teu róseo manto a doçura do jasmim
e nas cordilheiras és sorriso em ouro e marfim
que abrilhanta o véu de seda e floreia este chão.


Manto que em outonos e invernos me agasalha
aquecendo a minh'alma com teus olhos de cristal
atravessa tantos mares e minha lágrima orvalha,


propala de teu ninho o suave gorjeio e o perfume
inebriando os trigais, nesta infinda terra qual o sal
alimentando a candeia e da última estrela, o lume.